Wednesday, September 28, 2022

Fábulas nada fabulosas

Como se sabe, fábula é uma história em que os animais falam e o final tem sempre uma “moral da história”. Pois bem. Vejamos as fábulas seguintes:

Amigos inseparáveis

“Numa fazenda distante vivia um belo e fogoso cavalo. Era um animal premiado, puro sangue, e tinha uma bonita crina e um pelo negro e brilhante. Tupã era seu nome.

Um dia porém Tupã quebrou uma das patas. O pobre cavalo sofria muito. Não podia mais correr pelo campo. Gemia dia e noite, sempre acompanhado pelo seu amigo, o porco, que o consolava daquela tristeza toda. Até que o dono da fazenda resolveu chamar o veterinário.

Depois de examinar Tupã, o veterinário decretou: 

- Amigo, o seu cavalo está sofrendo muito. Se não ficar bom dentro de três dias, deve ser sacrificado.

O porquinho, ouvindo aquelas palavras fatídicas, correu até o estábulo e disse para o seu amigo cavalo: 

- Olha, Tupã. A coisa está feia pro seu lado. É melhor você ficar bom logo, senão, daqui a três dias será sacrificado!

Tupã, agradecido, tratou de se curar, com um pouco de esforço e a ajuda incansável do solidário porquinho, seu amigo fiel.

Quando o veterinário voltou três dias depois, encontrou Tupã correndo a toda pelo campo, relinchando e sacudindo a crina negra ao vento. 

- E então?!, perguntou, ansioso, o fazendeiro. 

- Amigo, o seu cavalo está ótimo! É um verdadeiro milagre! Não será mais preciso sacrificá-lo. 

O fazendeiro ficou tão contente com a notícia, que, vibrando muito, convidou o veterinário para uma grande festa. 

- Doutor, muito obrigado! E pra comemorar, vou mandar matar aquele porco ali e fazer uma festança!"

MORAL DA HISTÓRIA: Nunca meta o focinho onde não é chamado!

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Os compadres


— Ô meu bichinho, ocê taí suzinho?, perguntou Dona Onça ao Seu Macaco.

— Tô pegando essas bananas pra levar pra macacada, respondeu Seu Macaco, trepando ligeiro num pé de jaca.

— Ô cumpadre, deixa lh’ajudar, disse Dona Onça, agarrando o rabo do Seu Macaco.

— Larga meu rabo, cumadre.

— Ôxente, cumpadre, pensei que fosse um cipó.

— Olha’í, cumadre, segura procê levar, gritou Seu Macaco, largando uma jaca bem grande em cima da cabeça da comadre Dona Onça.

— Ô cumpadre, tá querendo me matar?!, gritou Dona Onça, estatelada no chão, toda lambuzada de jaca mole.

— Desculpa, cumadre, gritou de longe Seu Macaco. Pensei que fosse um jiló!


MORAL DA HISTÓRIA: Nunca confie nas boas intenções dos amigos da onça.

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Dois leões em Brasília


Um dia, dois leões famintos apareceram nos arredores de Brasília, apavorando os habitantes das cidades-satélites. Depois de muitos esforços para capturá-los, somente um deles foi levado em cativeiro. O outro conseguiu se safar, refugiando-se no Plano Piloto. 

Passados alguns meses, os moradores de Brasília acabaram esquecendo o leão que fugira. Não tiveram mais notícias dele. Pensaram que tinha voltado para o meio do mato, de onde tinha vindo.

O leão que havia sido preso emagrecia cada vez mais na sua jaula, com a pobre dieta que lhe era oferecida. Um dia, velho e magro, levou o maior susto quando viu, entrando na jaula vizinha, o outro leão que tinha sido seu companheiro há tempos atrás. Parecia muito bem, o amigo. Forte, corado, robusto. A juba brilhava, muito bem tratada.

O velho leão enfraquecido cumprimentou o amigo e perguntou-lhe por onde tinha andando, e como tinha sido enfim capturado. 

— Quando fugi, contou ele, consegui me esconder num enorme repartição pública lá no Plano Piloto. Nunca passei fome, pois o cardápio era farto e variado. Cada dia, saía do meu esconderijo e comia um funcionário.

— E ninguém percebia nada?!, perguntou o outro leão, espantado.

— Ninguém dava pela coisa, pois alguns só iam lá uma vez por mês. Mas como eram muitos, centenas, sempre havia algum para eu saborear, contou o leão robusto, lambendo os beiços de saudade.

— Ah é? E mesmo assim te pegaram e acabaram com sua farra?, questionou o leão fraco e pálido, sentindo uma ponta de inveja da felicidade que o amigo vivera.

— É verdade, lamentou-se o leão. Dei uma grande mancada, sabe?

E contou:

— Um dia, resolvi comer o funcionário que servia o cafezinho. Foi aí que me dei mal, amigo... Todo mundo sentiu sua falta! Daí, acabaram me pegando, finalizou o leão, pensando com seus botões que seria melhor se tivesse devorado aquele chefe da ala maior e mais luxuosa, onde quase ninguém ia. 

MORAL DA HISTÓRIA: No serviço público, só o funcionário do cafezinho faz falta. Quando ele some, nada funciona!

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Friday, September 09, 2022

Teses sobre Feuerbach - Marx e Engels

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã (I – Feuerbach). Trad. José Carlos Bruni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Editorial Grijalbo, 1977.

 

Palavras-chave: materialismo histórico, praxis, relações sociais entre os indivíduos, condições materiais de existência, modo de produção, alienação, consciência.

 

A ideologia alemã se constitui numa resposta crítica à filosofia neo-hegeliana, surgida na Alemanha da primeira metade do século XIX, e que tinha em Ludwig Feuerbach o seu principal representante, ao lado de Bruno Bauer e Max Stirner. Nesta obra inacabada, composta de “rascunhos” e “anotações”, Marx e Engels expõem sua concepção materialista da história, de bases científicas, em oposição à concepção “idealista” de Feuerbach. Ao contrário de Feuerbach, que vê na ação do indivíduo isolado o princípio da realidade, Marx e Engels consideram a ação dos homens em sociedade, ou seja, o conjunto das relações sociais, que constituem uma determinada praxis. Eles partem do princípio de que as relações sociais entre os indivíduos, e entre estes e a natureza, são determinadas historicamente, a partir das condições materiais de existência herdadas das gerações passadas. É mediante a praxis, ou seja, a ação dos indivíduos em sociedade, que essas condições materiais serão desenvolvidas, constituindo desta forma o “modo de produção” de uma dada sociedade. A seguir, apresentamos as famosas “Teses sobre Feuerbach”, que integram A ideologia alemã, de Marx e Engels.

 

Teses sobre Feuerbach*

(Ad Feuerbach, 1845)

 

I

 

O principal defeito de todo materialismo até aqui (incluindo o de Feuerbach), consiste em que o objeto, a realidade, o sensível, só é apreendido sob a forma de objeto ou de intuição, mas não como atividade humana sensível, como praxis, não subjetivamente. Eis porque, em oposição ao materialismo o aspecto ativo foi desenvolvido de maneira abstrata pelo idealismo, que, naturalmente, desconhece a atividade real, sensível, como tal. Feuerbach quer objetos sensíveis — realmente distintos dos objetos do pensamento: mas não apreende a própria atividade humana como atividade objetiva. Por isso, em A Essência do Cristianismo, considera apenas o comportamento teórico como o autenticamente humano, enquanto que a praxis só é apreciada e fixada em sua forma fenomênica judaica, suja. Eis porque não compreende a importância da atividade “revolucionária”, “prático-crítica”.

 

II

A questão de saber se cabe ao pensamento humano uma verdade objetiva não é uma questão teórica, mas prática. É na praxis que o homem deve demonstrar a verdade, isto é, a realidade e o poder, o caráter terreno de seu pensamento. A disputa sobre a realidade ou não-realidade do pensamento isolado da praxis — é uma questão puramente escolástica.

 

III

A doutrina materialista sobre a alteração das circunstâncias e da educação esquece que as circunstâncias são alteradas pelos homens e que o próprio educador deve ser educado. Ela deve, por isso, separar a sociedade em duas partes — uma das quais é colocada acima da sociedade.

A coincidência da modificação das circunstâncias com a atividade humana ou alteração de si próprio só pode ser apreendida e compreendida racionalmente como praxis revolucionária.

 

 IV

 Feuerbach parte do fato da autoalienação religiosa, da duplicação do mundo em religioso e terreno. Seu trabalho consiste em dissolver o mundo religioso em seu fundamento terreno. Mas o fato de que este fundamento se eleve de si mesmo e se fixe nas nuvens como um reino autônomo só pode ser explicado pelo autodilaceramento e pela autocontradição desse fundamento terreno. Este deve, pois, em si mesmo, tanto ser compreendido em sua contradição, como revolucionado praticamente. Assim, por exemplo, uma vez descoberto que a família terrestre é o segredo da sagrada família, é a primeira que deve ser teórica e praticamente aniquilada.

V

Feuerbach, não satisfeito com o pensamento abstrato, quer a intuição; mas não apreende a sensibilidade como atividade prática, humano-sensível.

 

VI

Feuerbach dissolve a essência religiosa na essência humana. Mas a essência humana não é uma abstração inerente ao indivíduo singular. Em sua realidade, é o conjunto das relações sociais.

Feuerbach, que não empreende a crítica dessa essência real, é por isso forçado:

1.      A abstrair o curso da história e a fixar o sentimento religioso como algo para-si, e a pressupor um indivíduo humano abstrato, isolado.

2.      Por isso, a essência só pode ser apreendida como “gênero”, como generalidade interna, muda, que liga de modo natural os múltiplos indivíduos.

 

VII

Por isso, Feuerbach não vê que o próprio “sentimento religioso” é um produto social e que o indivíduo abstrato por ele analisado pertence a uma forma determinada de sociedade. 

 

VIII

 Toda vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que levam a teoria para o misticismo encontram sua solução racional na praxis humana e na compreensão dessa praxis.

  

IX

O extremo a que chega o materialismo intuitivo, isto é, o materialismo que não apreende a sensibilidade como atividade prática, é a intuição dos indivíduos singulares e da sociedade burguesa.

 

 X 

O ponto de vista do velho materialismo é a sociedade civil; o ponto de vista do novo é a sociedade humana ou a humanidade social.

 

 XI

Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo.

 

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* Versão integral.

Tuesday, September 06, 2022

Apontamentos sobre Sociologia

 

Isabel Pires

A Sociologia é a ciência que estuda as sociedades humanas contemporâneas, seu modo de organização e os acontecimentos inerentes a ela, como problemas e realizações. Se comparada a outros campos do conhecimento, como a Filosofia, por exemplo, que tem raízes na Antiguidade Clássica, a Sociologia é uma ciência bastante recente. Embora o termo “sociologia” tenha sido criado por Augusto Comte na primeira metade do século XIX, a Sociologia, enquanto ciência autônoma e com uma metodologia própria, foi fundada somente na virada do século XIX para o XX, quando surgiram os trabalhos do francês Émile Durkheim e do alemão Max Weber.

 

Origens

 

A Sociologia se fundamenta em duas grandes correntes do pensamento europeu do século XIX: o Positivismo e o Marxismo.

 

O Positivismo, doutrina que teve o francês August Comte (1798-1857) como o seu maior representante, com o Curso de filosofia positiva, publicado entre 1830 e 1842, fundamenta-se na ideia de progresso constante e valorização da racionalidade. Deixando de lado as crendices e superstições que vigoraram durante todo o período do feudalismo, o pensamento positivista é herdeiro do Iluminismo, que vigorou no século XVIII, com a sua valorização exacerbada das “luzes”, isto é, das ideias “claras”, “racionais” e “científicas”. Embora o Positivismo, com sua “fé no progresso”, proponha a substituição da Teologia pela racionalidade da Ciência, aplicando às ciências sociais os métodos utilizados nas matemáticas para extrair leis que regem o desenvolvimento da sociedade, ele próprio passaria a constituir, no final da vida de Comte, uma nova proposta de religião – a “religião positiva”.

 

Por sua vez, o Marxismo, fundado por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) na segunda metade do século XIX, originou-se de movimentos do operariado alemão e inglês. Alicerçado em bases científicas, o marxismo prega a abolição da propriedade privada e da sociedade de classes, e a substituição do capitalismo pelo socialismo e depois pelo comunismo. A principal obra de Marx – O capital, livro em três volumes – faz uma análise das condições históricas do fim do feudalismo e surgimento do capitalismo, e foi escrito em Londres, onde Marx exilou-se em 1849, após ser expulso da Alemanha devido às suas ideias políticas. Antes, porém, de se dedicar à escrita de O capital, Marx escreveu outros trabalhos, alguns em conjunto com o seu amigo e protetor Friedrich Engels, como A sagrada família (1845) e Manifesto do partido comunista (1848). Em dois outros trabalhos, escritos somente por Marx, encontram-se já as bases e conceitos mais importantes do marxismo, como os conceitos de alienação e de materialismo histórico: A ideologia alemã (escrito em 1845, mas publicado somente em 1932) e Miséria da filosofia (1847).

 

Como se pode perceber, estas duas correntes do pensamento europeu do século XIX – Positivismo e Marxismo – são extremamente diferentes entre si. No entanto, ambas influenciaram na formação da Sociologia e acabaram por gerar correntes dentro da própria ciência que estava se formando. Assim, podemos dizer que o pensamento sociológico se divide em duas correntes fundamentais, de acordo com as bases em que se sustenta: a corrente durkheimiana e a corrente weberiana.

 

A sociologia durkheimiana

 

Herdeiro do pensamento positivista de August Comte, o também francês Émile Durkheim (1858-1917) defende a ideia de que a sociedade é um corpo coeso, com vida independente dos indivíduos que a formam. Ou seja, a sociedade seria uma espécie de “organismo”, que, da mesma forma que os seres vivos, possuiria, “órgãos”, que desempenhariam, cada um, uma função específica. Podemos perceber, na visão de Durkheim sobre a sociedade, uma analogia com as ciências biológicas, que influenciaram o pensamento positivista. Durkheim criou ainda o conceito sociológico de “fatos sociais”. Segundo este conceito, os acontecimentos sociais devem ser tratados como “coisas” e estudados à maneira de uma análise de laboratório – o que constitui outra identificação com o Positivismo, que valorizava o ponto de vista da Biologia e ciências afins.

 

Outros conceitos fundamentais na sociologia durkheimiana são os de “coação social” e de “anomia”. Para Durkheim, o indivíduo isolado está sujeito às regras sociais, que exercem uma “força”, ou pressão, sobre o indivíduo para que este se ajuste à vida em sociedade. O estado de anomia, por outro lado, seria o instante em que a coação social deixaria de funcionar, levando a um estado de patologia na sociedade. Ainda segundo o ponto de vista durkheimiano, as sociedades modernas sofrem de anomia, pois, devido aos traumas dessas sociedades, que necessitam de uma estrutura social complexa, os seus indivíduos não estão perfeitamente ajustados a elas. Isto geraria diversos problemas, dos quais o suicídio seria um dos sintomas. As principais obras de Durkheim são: Da divisão social do trabalho (1893); Regras do método sociológico (1894); O suicídio (1897); As formas elementares da vida religiosa (1912).

 

A sociologia weberiana

 

Ao contrário de Durkheim, que leva em conta a preponderância da sociedade sobre o indivíduo, o alemão Max Weber (1864-1920) considera que é o indivíduo o agente por excelência da sociedade. A ação social, para ele, está condicionada à ação individual, uma vez que ele considera que a ação social é determinada pela “conduta dos outros” em sociedade. A conduta ética é, pois, fundamental no pensamento weberiano, pois dela decorre toda a vida em sociedade.

 

Embora o ponto de partida da vida em sociedade seja o indivíduo, a ação deste, porém, só pode ser levada em conta, para Weber, de acordo com a ação dos demais, o que exprime, deste ponto de vista, o fenômeno da vida em sociedade. Do ponto de vista weberiano, a sociedade humana constitui-se não apenas num “sistema social”, isto é, um sistema de vida coletiva, mas sobretudo a ação resultante dessa associação é dotada de sentido, sendo isto precisamente o que constitui a especificidade do estudo sociológico.

 

Weber critica ainda a analogia entre o sistema social e o sistema dos organismos vivos, pois, para ele, a base do estudo sociológico é um método fundamentalmente interpretativo, que não pode ser aplicado às ciências naturais. Essa base interpretativa é o fundamento da “sociologia compreensiva” de Weber.

 

Segundo Weber, os tipos de ação social se dividem em:

·         ação social racionalizada por fins: determinada por expectativas de fins racionalmente perseguidos, em que são avaliados os meios e as consequências;

·         ação social racionalizada por valores: determinada em razão da crença num valor, seja este ético, estético, religioso, etc. Pressupõe um planejamento consciente, em oposição à ação afetiva. Porém, em comum com esta, não busca o sentido no resultado alcançado, mas na própria ação;

·         ação social afetiva: determinada por estados sentimentais atuais. Poder ser uma reação a um estímulo extraordinário, fora do cotidiano;

·         ação social tradicional: determinada por um costume arraigado. Encontra-se na fronteira entre uma imitação puramente reativa e uma ação com sentido, aproximando-se ainda da ação social racionalizada por valores.

 

Ramos e conceitos da Sociologia

 

A Sociologia também se divide em vários ramos, relacionando-se ainda com diversos campos do saber. São alguns ramos da Sociologia, entre muitos outros:

 

. Sociologia do Conhecimento: estuda as condições sociais de produção do saber humano.

. Sociologia da Arte: estuda as várias formas de arte, como expressões da cultura humana.

. Sociologia da Economia: estuda as várias formas de sobrevivência das sociedades humanas, isto é, os modos-de-produção através dos quais uma sociedade é capaz de garantir a sua reprodução.

. Sociologia da Religião: estuda as diversas religiões presentes nas sociedades contemporâneas.

. Sociologia da Comunicação: estuda as diversas formas de comunicação das sociedades atuais.

 

Além disto, a Sociologia se utiliza de diversos conceitos em seu campo de estudo, de modo geral, tais como: grupos sociais, estrutura social, sociedade, sociedade ocidental, sociedade oriental, sociedades complexas, sociedades não-industriais, minorias, sistemas sociais, etc.

 

Sociólogos famosos

 

Além dos fundadores das principais correntes sociológicas, vários sociólogos deram importantes contribuições para o campo da Sociologia, desde as suas origens. Entre muitos, podemos enumerar: o inglês Herbert Spencer (1820-1903), o húngaro Karl Mannheim (1893-1947), o norte-americano Talcot Persons (1902-1979), os franceses Roland Barthes (1915-1980), Michel Foucault (1926-1984) e Pierre Bourdieu (1930-2002), e os alemães George Simmel (1858-1918), Theodor Adorno (1903-1969), Walter Benjamin (1892-1940), Max Horkheimer (1895-1973), Herbert Marcuse (1898-1979) e Jürgen Habermas (1929), sendo estes cinco últimos integrantes da chamada Escola de Frankfurt.

 

No Brasil, temos, como mais conhecidos, os sociólogos Gilberto Freyre (1900-1987), Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), Florestan Fernandes (1920-1995), Herbert de Souza, o Betinho (1935-1997), Antonio Candido (1918-2017) e Fernando Henrique Cardoso (1931).

 

Em resumo, a Sociologia, com seu vasto campo de estudo, que se relaciona com diversas áreas do conhecimento, como a Antropologia, a Filosofia, a Psicologia, entre outras, é uma ciência fascinante, que tem, em última instância, como objeto de análise, o fundamento primordial de toda sociedade humana: o próprio ser humano.