À sombra do apocalipse
Choveu sangue das tetas de Deus
ao som de um estradivárius
desafinado
choveram pétalas de rosas que se tornaram tarântulas
e derramaram tênue veneno sobre as santas nuas
do místico circo.
Choveu – a tarde inteira –
estrela devida
e indevida
choveram virtuosas cascatas
vermelhas
fogueiras afrodisíacas que se desmanchavam a um sopro
leve.
Choveram pequenos mártires alados
equipados com sangue róseo
e doce.
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